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DE MOITA DO TAMANDUÁ A GRACCHO CARDOSO – José Adeilson dos Santos

Na trilha do tempo nos idos finais do século XVIII, quando nossas terras de caatinga eram povoadas por preás, pacas e Tamanduás; por aqui chegaram os irmãos Luiz e Manoel Cristóvão de França. Conta a História que o ano era de 1776.
A parada era de matas e de terras férteis, de nascentes e lagoas. Para quem aqui desejasse ficar. Terra onde tudo se daria. Para plantar, colher, viver… Desbravar animais e fronteiras e ser povoada. Em anos mais tarde Justino Vieira dos Santos, filho de Luiz de França, neste lugar construiu casa e família, sendo seguido por parentes e demais pessoas que montaram moradias e batizaram a povoação como Moita do Tamanduá. A cercania se estendeu com a presença de outros pioneiros para a vocação do Sergipe d’el Rey, onde o seu natural “antes de ser agricultor, foi pastor”, também  desenvolverem a pecuária. E para no lugar da aventura, poderem efetivamente ficar, morar, viver.
E desta história de criadores, conta-se os nomes de Ireno Pacheco, Manoel Alcino do Nascimento, Ernesto Joaquim dos Santos, Aristides Gomes Aragão, João (Jason) Francisco de Aragão, Acelino José da Costa, Mané Rola entre outros. Patriarcas e formadores das primeiras famílias nesta nossa terra. Onde tantas outras vieram a se chegar. De Vieiras, Motas, Oliveiras, Ferreiras, Dórias, Andrades, muitos Aragões e “Quilins”. E, indistintamente os “Santos”. Dos “Dorzina”, dos “Totós”, dos “Xixius e Jandaias”.
Já em 1876, a Moita do Tamanduá tinha uma escola primária, alguns estabelecimentos comerciais e uma pequena feira, aos domingos. Também uma casa de oração, no lugar denominado Cruz do Agostinho, que demolida em 1925 deu lugar para a igreja Matriz onde até hoje invocamos Nossa Senhora da Piedade como padroeira.
Pelo Decreto-Lei estadual nº 533, em 1944, o povoado foi elevado à vila e sede de Distrito de Paz, com a denominação de Tamanduá. Com Lei Estadual nº 525-A, de 25 de novembro de 1953, a Vila foi transformada em cidade e sede do Município de Tamanduá, sendo o território desmembrado de Aquidabã e vindo a ser instalado como município emancipado em data de 05 de Fevereiro de 1955.
O nome da antiga povoação, Moita do Tamanduá, pela Lei Estadual nº 897 de 30 de abril de 1958 foi mudado em homenagem ao ex-governador de Sergipe (1922-1926), o bacharel Maurício Graccho Cardoso, natural de Estãncia-SE. A propositura foi formulada na primeira legislatura do Município, pelo vereador José Custódio Dória (Zeca de Dória) e sancionada por José Eunápio dos Santos, o primeiro Prefeito do município.

Para comemorar, neste dia 05 de Fevereiro de 2021, nossa cidade de Graccho Cardoso está completando 66 anos de sua Emancipação Política. Não é tamanha idade, para a grandeza de nossa História, que gerações de homens e mulheres souberam edificá-la com sonhos, trabalho e tantas lutas para que mais prevaleça o bem, o honesto e o honroso.
Nossa cidade Graccho Cardoso, do “Povo Para o Povo” – é seu forte. Sua história é de homens e mulheres compartilhando lutas e forças de lavradores, de vaqueiros, criadores, comerciantes, estudantes, acadêmicos e de graduados profissionais, que continuamos construindo o nosso chão para a grandeza que hoje temos, e somos.
Viva Tamanduá, Viva Graccho Cardoso! O nosso amor por essa terra não tem tamanho nesse mundo!
Por isso louvamos nossa terra querida pelos seus 66 anos de história!
Parabéns, GRACCHO CARDOSO!
*José Adeilson dos Santos, Historiador, Mestre em História/UFS, Tamanduaense.

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